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quinta-feira, 18 de abril de 2013

1927 - O Ataque dos 100 gols em 16 partidas



Em pé com o uniforme branco: Oswaldo, Julio, Alfredo, Aristides,
Athiê e Amorim. Agachados: Siriri, Camarão, Feitiço, Araken Patusca
e Evangelista (Esta era uma das formações do Peixe em 1927).

Omar, Camarão, Feitiço, Araken e Evangelista. Com este ataque fenomenal o clube só não foi campeão paulista naquele ano em função de dois motivos relevantes:

O 1º, foi que o presidente santista no último jogo contra o Palestra Itália na Vila Belmiro, afastou da equipe os atletas Tuffy e o centro avante Feitiço, por atos de indisciplina cometidos quando ambos defendiam a Seleção Paulista em um jogo contra a Seleção Carioca, quando desacataram ordens do então Presidente da República Sr. Washington Luis.

O 2º motivo deve-se creditá-lo na íntegra ao árbitro do jogo final de nome Antônio Molinaro, o qual prejudicou o time santista de tal maneira que até hoje seu nome é execrado no clube. 

Não era só a qualidade técnica que o Santos que chamava a atenção no ano de 1927. A rigidez disciplinar do então presidente do clube, o médico Antonio Guilherme Gonçalves, também impressionava.

Naquele ano, o Campeonato Paulista foi interrompido às vésperas da final para a disputa do Brasileiro de Seleções Estaduais. No duelo entre São Paulo e Rio de Janeiro, em São Januário, os paulistas se revoltaram com a marcação de um pênalti, e impediram a sua cobrança.

Das tribunas do estádio, o presidente da república, Washington Luis, enviou ordem para que o pênalti fosse batido. Então, o atacante santista Feitiço teria dito:

– Diga ao excelentíssimo senhor presidente que ele manda no Palácio do Catete, mas quem manda aqui no campo somos nós – bradou, apoiado pelo goleiro Tuffy e mais seis jogadores paulistas, que deixaram o campo.

A penalização por parte do Santos foi rápida e o rígido presidente Gonçalves que, além do Alvinegro, também comandava a seleção paulista na época, expulsou os jogadores do clube pouco antes da final do Estadual.


O time da ‘técnica e disciplina’
Como saiu de campo derrotado por 3 a 2 na decisão contra o Palestra Itália, o Santos passou a ser chamado por jornalistas de “time campeão da técnica e disciplina”. Por mais oito anos, a torcida se referia ao clube somente desta forma em uma tentativa de minimizar a falta de títulos. A alcunha é citada no hino oficial do clube.

Voltando a falar do time, esse ataque demolidor marcou em apenas 16 jogos, exatos 100 gols, com a média de 6,25 gols por jogo. Até hoje essa marca não foi superada por nenhuma outra equipe no futebol mundial. Esse era também o ataque da Seleção Paulista.

Jogos do campeonato de 1927:
Araken Patusca, o grande artilheiro
com 35 gols em 16 jogos
Ypiranga – 12 a 1
República – 10 a 2
1º De Maio – 4 a 2
Barra Funda – 11 a 2
Portuguesa de Desportos – 5 a 2
Auto – Audax – 11 a 3
S. P. Alpargatas – 9 a 3
Comercial – 4 a 3
Guarani – 10 a 1
S.C.C. Paulista – 8 a 3
s.c.c p. (S. André) – 4 a 1
Silex – 4 a 1
Guarani – 4 a 2
S.C.C.P. – 1 a 0.
Dois resultados negativos: Palestra Itália 4 a 1 e 3 a 2.

Artilheiros santistas:
Araken Patusca – 35 gols
Feitiço - 29 gols
Camarão - 15 gols
Evangelista - 07 gols
Siriri - 06 gols
Omar - 06 gols
Hugo - 02 gols

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