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quarta-feira, 11 de abril de 2012

FALTAM 3 DIAS PARA O CENTENÁRIO SANTÁSTICO



Sogro fez autor do primeiro gol do Santos se aposentar


Filho de Arnaldo Silveira mostra quadro 
que exalta a categoria do pai


O primeiro passo, ou melhor, chute dado para o Santos se tornar o time que mais marcou gols no mundo (são 11.793, segundo o clube) foi dado em 15 de setembro de 1912, por Arnaldo Silveira, um dos fundadores do clube. Ponta-esquerda técnico, ”raçudo” e de forte personalidade, ele marcou o primeiro tento da história alvinegra em amistoso contra o Santos Athletic Club.

Arnaldo era um apaixonado pelo Santos. Quem o conheceu, afirma que ele era um torcedor dentro de campo. A trajetória no clube, porém, teve de ser abreviada. Por amor.

– Ele deixou de jogar em 1920 e casou em 22. O pai da minha mãe, que na época ainda era namorada dele, não queria que ela namorasse um jogador de futebol. Naquele tempo, essa era uma profissão mal conceituada. Não era como é hoje, em que os caras ganham uma p... nota – relembra Arnaldo Silveira Júnior, filho do ponta, que está com 84 anos.
Arnaldo Silveira

Arnaldinho, como é conhecido, garante que, mesmo após deixar de jogar, o pai continuou a “viver” o dia a dia santista. Primeiro como diretor. Depois, após desentendimentos com outros membros da cúpula, abandonou o cargo, mas não deixou de lado a paixão pela equipe.

– Ele sempre ia nos jogos e minha mãe o acompanhava. Ele foi santista até o último dia. Quando morreu, diversos ex-jogadores e dirigente vieram se despedir. Foi enterrado com uma bandeira do Santos.

A paixão de Arnaldo Silveira pelo Peixe foi repassada ao filho. O talento com a bola nos pés também. Canhoto habilidoso, Arnaldinho atuou nos juniores do Santos e, quando completou 18 anos, foi para o time amador. As boas atuações chamaram a atenção de Osvaldo Brandão, então técnico santista, que convidou o ponta esquerda para jogar entre os profissionais.

A proposta, porém, foi recusada. Arnaldinho não queria trocar a vida boêmia pela rotina de treinos e jogos. Gostava de sair às sextas-feiras e sabia que teria que perder a "farra" para se concentrar.

Mas, este era o motivo “menor“. O grande impecilho, surpreendentemente, era seu próprio pai, que, influente nos bastidores santistas, articulou para que ele não se profissionalizasse.

– Acho que ele tinha ciúmes, porque ele também jogou e não queria que eu fosse maior que ele. Mas, para isso, eu precisaria ser campeão mundial com a Seleção, porque ele foi sul-americano - conta Arnaldinho, ainda torcedor do Santos, mas que, morando em Atibaia, não vai na Vila Belmiro há cerca de 60 anos.



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