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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Pelé chega à Vila Belmiro para desequilibrar o mundo do futebol



Um sopro do destino, encarnado em Waldemar de Brito, fez um franzino menino parar na Vila Belmiro. E a partir daquele 8 de agosto de 1956, o Santos seria um colecionador de glórias como nenhum outro no futebol brasileiro. Na era Pelé, foram quatro títulos do Rio-São Paulo, dez títulos paulistas, seis nacionais, dois continentais e dois mundiais. Ufa! Isso para não falar das milhares de excursões domésticas e internacionais, dos mais de mil gols, festejados com mais de mil socos no ar e coração a mil. Pelé e Santos se confundem.

Parecem duas entidades afinadas. A coroa do Rei deveria carregar o símbolo alvinegro em alto relevo. Após sua despedida, em 1974, o mito passou a pairar sobre a Vila Belmiro. Jogadores que vestem a 10 sentem o fardo que a camisa suporta. O fardo de uma eternidade de cem mil anos!

Linha do tempo de Pelé:

1- Pelé quase foi parar no Bangu antes de chegar no Santos. Tim era o treinador do time carioca e esteve em Bauru, mas sua mãe, Dona Celeste, não queria que fosse para o Rio de Janeiro. O ex-jogador Valdemar de Brito foi quem convenceu o pai do garoto, Doninho, já que era seu amigo, a levá-lo para Santos.

2 - No Santos, Pelé ganhou o apelido de Gasolina de craques como Jair Rosa Pinto e Zito, espantados com a movimentação do garoto nos treinos. Em uma final pelo time juvenil, perdeu um pênalti e ficou arrasado. Quis deixar o alojamento da Vila, onde morava, mas foi convencido a ficar.

3 - Sua primeira partida pelos profissionais do Santos foi na vitória por 7 a 1 sobre o Corinthians de Santo André, em 7 de Julho de 1956, ainda aos 15 anos de idade. Fez um gol.

4 - Marcou um golaço na Rua Javari, contra o Juventus, que ele mesmo considera um dos mais bonitos de sua carreira. Arrancou da intermediária, driblou metade do time da casa e fez. Com bronca da torcida que pegava no seu pé, deu o soco no ar como resposta, gesto que ficou famoso em suas comemorações a partir dali.

5 - Em 1957, Pelé disputou um torneio internacional pelo combinado Vasco/Santos. Se destacou, marcando gols em todos os jogos, e chamou a atenção do então treinador da Seleção Brasileira, Silvio Pirillo. Foi convocado logo depois.



6 - Conquistou seu primeiro Paulista em 1958. No ano seguinte, serviu o Exército, mas não deixou de atuar pelo Santos. Nessa época passou a atuar com Coutinho, a quem considera um dos melhores jogadores com quem atuou. Disputou 103 partidas no ano por Santos, Seleção Brasileira, Forças Armadas e jogos festivos. Com o Peixe, chegou a jogar 22 partidas em um intervalo de seis semanas, em 14 países diferentes. Foi campeão do mundo pelo Brasil, na Suécia.


7 - Com 19 anos, em meio a um avalanche de propostas do exterior ignoradas pelo Santos, Pelé conquistou o Torneio Rio-São Paulo em 1959. Os títulos deslancharam.

9 - Após se lesionar na Copa do Mundo de 1962, voltou para conquistar a Libertadores. Na partida desempate da decisão, contra o Peñarol, em Buenos Aires, fez dois gols na vitória por 3 a 0. Depois venceu o Mundial de Clubes, com duas vitórias sobre o Benfica, anotando dois gols no primeiro jogo e três no segundo.

10 - Em 1963 voltou de uma contusão para marcar o gol decisivo da virada sobre o Boca Juniors, da Argentina, para sagrar-se bicampeão da Libertadores. No Mundial de Clubes marcou dois na derrota fora de casa para o Milan, mas ficou lesionado e fora nos outros dois jogos que deram o titulo ao Peixe.

11 - Pelé parou uma guerra no Congo Belga (atual República Democrática do Congo) em 1963. Em excursão à África, o Santos fez um amistoso contra Congo e as forças de Kinshasa e Brazzaville cessaram a guerra para poder acompanhar o jogo. O Peixe fez quatro jogos e Pelé marcou cinco gols.

Pelé marcando contra o Benfica em Lisboa
na final do Mundial de Clubes em 1962
12- Venceu com o Santos a seleção juvenil colombiana por 4 a 2, em 1968. O detalhe é que Pelé foi expulso pelo árbitro colombiano Guillermo Velásquez. Ante os protestos dos torcedores, o juiz preferiu se afastar e deixou a partida nas mãos de seu assistente, o também colombiano Omar Delgado Piedrahita, que logo chamou o Rei de volta ao campo.


13 - Marcou seu milésimo gol, de pênalti, no Maracanã, contra o Vasco, em novembro de 1969. Na comemoração, disparou: "Pensem nas criancinhas".

14 - Depois do tri com a Seleção no México, o Rei começou a viver uma queda com o Santos. Em 1973 conquistou seu último Paulista, foi o artilheiro da competição pela décima-primeira vez. Em outubro de 1974, marcou seu último gol pelo Santos, contra o Guarani. Logo depois, diante da Ponte Preta, fez sua despedida do Peixe.
(Fonte: Lancenet. com)

Pelé no Maracanã contra o Vasco, no dia de seu milésimo gol

3 comentários:

Cleiton Pipino Queiroz disse...

Oi Célio,

Li esse post no blog do Milton "Mala" Neves e achei interessante.

Fala sobre a história do Lula, treinador deste time histórico do Santos e que ninguém fala.

Hoje em dia qualquer treinador meia boca por aí é elogiado por saber trabalhar com jogadores de ponta e times formados por "astros" da bola, mas acredito que não devia ser fácil administrar um time tão recheado de estrelas como foi esse time do Santos na era de Pelé.

Qual a sua opinião a respeito desta injustiça?

Veja o post no blog do Milton
http://blogmiltonneves.bol.uol.com.br/blog/2012/04/12/pele-vetou-lula-por-duas-vezes-diz-filho-do-tecnico/

Célio Pegoraro disse...

-Olá Cleiton, tudo bem? Realmente muito interessante a postagem com declarações do filho do técnico Lula. Vou pesquisar a respeito do assunto e em breve farei uma postagem sobre a vitoriosa passagem de Lula no Santos.
Obrigado por acessar o blog. Abração

Cleiton disse...

Oi Célio,

Achei interessante também que ele foi o treinador que montou o time do Corinthians que conseguiu quebrar o famoso tabu de 11 anos.

Um abraço.