Se as várias correntes do clube que o apoiaram há dois anos novamente se congregarem em torno do seu nome, Luis Alvaro está disposto a encarar mais três anos à frente do "alçapão". É como lhe disse um amigo, na semana passada, prometendo repetir o voto: "Não há, Luís, em sã consciência, nenhum peixeiro digno desse nome capaz de renunciar à glória suprema de comandar o Santos no ano do seu centenário".
Em dezembro, os associados do Santos dirão se estão felizes com os títulos conquistados nos últimos dois anos e com os novos métodos de gestão ou se preferem a volta da corrente oposicionista. Luis Alvaro e sua equipe vivem os momentos preliminares dessa disputa. Ele sempre repete: "Ninguém é candidato de si mesmo".
Enquanto dezembro não chega, o presidente se orgulha muito do momento que o clube de Neymar está vivendo, nos últimos dois anos, dentro e fora de campo. Ele ficou sabendo que o filho de quatro anos de Patrícia Amorim, presidente do Flamengo, o clube de maior torcida do Brasil, fez um pedido à mãe: "Posso torcer pelo Santos? Desculpa, mãe, mas eu adoro o Neymar". Soube, também, que a mulher de Roberto Dinamite, o maior ídolo da história gloriosa do Vasco da Gama, é torcedora fanática do Peixe. "Isso não tem preço", confessa Luis Alvaro, com voz embargada.
Ele também se diverte com uma brincadeira que criou e que tem a participação de dois netos corintianos. Eles ganham, cada um, dez reais cada vez que vestirem a camisa do Santos. "É minha jogada mercadológica", vibra o presidente. "Eles são meus meninos-outdoor". Alguém duvida que esses garotos corintianos, torcedores de um clube que é uma espécie de religião, agora estão com a camisa do Peixe dia e noite?
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