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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Com o título Paulista de 1955, veio a marchinha "Leão do Mar"




O Leão do Mar rugiu forte no Campeonato Paulista de 1955. Decidido em janeiro de 1956, o Estadual via um novo dono, como 20 anos antes. A bola em São Paulo era do Santos, campeão absoluto daquele ano. 

O time já era comandado por Luis Alonso Peres, o Lula. Egresso das categorias de base do Peixe, teve como primeira grande conquista uma vitória sobre o Botafogo de Garrincha no então jovem Maracanã. "O triunfo chamou a atenção da diretoria do Santos, que lhe deu a oportunidade de comandar, de formar, aquele esquadrão", comenta o jornalista e pesquisador Odir Cunha.

A campanha foi praticamente irretocável. Foram 26 partidas (o campeonato era em turno e returno, pontos corridos, com 14 equipes), sendo 19 vitórias, dois empates e cinco derrotas. Os 71 gols anotados e a artilharia de Del Vecchio, com 23 tentos, eram a prova de uma vocação inequívoca do Santos. "O tal DNA ofensivo, tão falado hoje em dia, já dava sinais de sua existência naquela época", acrescenta Odir.

Porém o ímpeto ofensivo abria espaços (como ainda hoje) no setor defensivo. E foi em 1955, no dia 13 de novembro, que o Peixe levou uma de suas goleadas mais impiedosas: 8 a 0 para a Portuguesa de Desportos. Os jogadores e a comissão técnica viveram momentos de incerteza, pois não sabiam o que poderia acontecer depois de tamanha goleada. Foi um jogo normal, sem nenhum tipo de benefício à Lusa, que era um dos melhores times do Brasil à época. Por sorte, o presidente Athié (Jorge Coury) bancou o grupo e não puniu ninguém.

Créditos: Reprodução






















Em pé: Ramiro, Urubatão, Hélvio, Formiga, Manga e Feijó. Agachados: Tite, Negri, Álvaro, Del Vecchio e Pepe

Invasão ao ABC, derrota em casa

Faltando três rodadas para o término do campeonato, o Santos precisava de apenas um ponto para assegurar o título. A confiança era tanta de que a taça viria do ABC, do confronto diante do São Bento, que levas de santistas foram de trem para a partida, como noticiava A Tribuna naquela oportunidade. Não veio: derrota por 2 a 0. A definição do campeão ficou para 1956.

Pela frente , o Corinthians, na Vila Belmiro. O campeão do IV Centenário de São Paulo ainda tinha chances de conquistar o bi, e conseguiu uma vitória por 3 a 2. Os corintianos tinham engasgadas duas derrotas para o Peixe na campanha vencedora, e faziam de tudo para impedir a conquista peixeira. Tentaram, mas...

Ano novo, novo campeão

15 de janeiro de 1956. O rival do Santos era o E.C. Taubaté. Uma Vila povoada de santistas estava pronta para comemorar um título depois de 20 anos. Mas quem disse que seria fácil?

Apesar do nervosismo inicial, o Santos abriu o placar aos 15 do primeiro tempo. Alvaro, de cabeça, após escanteio cobrado por Tite, colocou o Peixe na dianteira. " um gol original, recebido com grande alegria pelos torcedores locais", descreveu Guenaga, na edição de 17 de janeiro.
O empate dos visitantes saiu logo no início da etapa final. Berto recebeu de Durval e mandou para as redes de Manga. O Taubaté aproveitava a "monotnoia" que tomava conta dos donos da casa.

Até que, aos 19 minutos, Pepe, o canhão da Vila, encobriu um dos defensores do Taubaté e , cara a cara com o goleiro, marcou o segundo do Santos. Era a virada, a consagração de uma equipe, enfim, novamente campeã. Guenaga relatava assim a sensação presente na Vila. "Os torcedores irmanaram-se. Dessa ou daquela classe. Ricos ou pobres. Todos juntos se abraçaram, se beijaram e sambaram no mesmo ritmo, como se fosse um único corpo. Moças, velhos, crianças, saltaram para o campo com faixas, bandeiras (...) dando vida ao campeão de 1955".

Tamanha animação virou música. Uma marchinha, perfeita para o carnaval daquele ano e de muitos outros depois. O "Leão do Mar", obra de Mangeri Neto e Mangeri Sobrinho, rapidamente se populrizou, como aquela equipe que, no ano seguinte, seria brindada com uma estrela de três corações. Agora, quem dava a bola era o Santos.

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