NOTICIAS ATUAIS E FATOS QUE FIZERAM A HISTÓRIA DO SANTOS FC

<><><><> BEM - VINDO A ESTE BLOG <><><><>


Atenção: Este Blog não tem fins lucrativos e é usado apenas como hobby


sábado, 31 de março de 2012

Santos e Pelé, uma combinação perfeita e inigualável

Na história do futebol e talvez de todos os esportes, apenas um clube tem a sua trajetória dividida em duas fases bem distintas. O Santos FC, entre tantas glórias, também consegue este reconhecimento, com sua cronologia sendo justamente dividida em dois tempos: a Era Pelé e a Era após o Rei do Futebol.

Esta distinção se faz necessária porque os feitos alcançados pelo time comandado pelo craque de Três Corações são, até hoje, inigualáveis. E não só pelas conquistas obtidas, mas pela forma como elas foram alcançadas, com a prática do verdadeiro futebol arte que encantou plateias pelo mundo.


Pelé, Pepe e Coutinho

Seria injusto falar do time de Pelé citando apenas o nome do maior jogador de futebol de todos os tempos. O Rei comandava um esquadrão. Pelo gramado da Vila Belmiro desfilaram, na época, craques como Pepe, Zito, Dorval, Mengálvio, Lima e Gilmar, entre tantos outros.

Coutinho merece um destaque especial, tendo formado com Pelé a melhor dupla de área de todos os tempos. A simbiose entre os dois era tamanha, que chegava a confundir os adversários. Por isso a década de 60 é conhecida como a fase de ouro do Santos FC, clube que dominou por completo os campo nacionais e chegou ao topo do mundo.

Esse reinado começou a ser escrito em 1956, com a chegada de Pelé na Vila Belmiro. Apenas um garoto, com 15 anos, ele daria um novo impulso à história do Santos, levando-o a conquistas que enalteceram o futebol brasileiro no planeta. O Peixe vinha de grandes campanhas, sendo bicampeão paulista em 1955/56, apresentando craques como Pepe e Zito, entre outros. Com Pelé, o time se tornaria o maior da história.

Pelé marcou seu primeiro gol com a camisa do Santos em um amistoso com o Corinthians de Santo André. O time da Vila Belmiro venceu por 7 a 1. Em 1958 ganhou seu primeiro Campeonato Paulista. Foi artilheiro da competição com 58 gols, recorde que permanece até hoje - o Santos marcou 143 gols.

O Santos com Pelé seguiu vencendo todas as principais competições que disputava. Em 59 veio a conquista do primeiro Torneio Rio-São Paulo, no ano seguinte, mais um paulista. De 61 a 65 se confirmou a hegemonia no futebol brasileiro, com a conquista consecutiva de cinco Taças Brasil (o Campeonato Brasileiro da época, hoje devidamente reconhecido pela CBF).



Em Pé: Lima, Zito, Dalmo, Calvet, Gilmar e Mauro:
Agachados: Dorval, Mengálvio, Courinho, Pelé e Pepe. 

No teto do mundo

Em 1962 e 1963, o Santos escreveria um capítulo especial na sua história, festejando o bicampeonato sul-americano da Libertadores, derrotando nas finais equipes do calibre do Peñarol (Uruguai) e Boca Juniors (Argentina).

Aos títulos continentais se sucederam os mundiais. O primeiro veio contra o Benfica de Eusébio. Na primeira partida, realizada no Maracanã, o Peixe venceu por 3 a 2, com gols marcados por Pelé e Coutinho. Na época a Copa Intercontinental (equivalente ao atual Mundial de Clubes) era disputada com cada campeão continental jogando uma partida em sua casa – em caso de igualdade nas duas primeiras partidas aconteceria um jogo extra – a derrota no primeiro jogo deu esperanças aos portugueses.


A vitória em Lisboa era dada como certa pelos lusos – conta a lenda que eles, inclusive, já vendiam ingressos para o jogo desempate. No entanto, o Santos deu show, naquela que é considerada a melhor partida do time na Era Pelé. O Peixe, sem dó e nem piedade, abriu 5 a 0, com três gols de Pelé, um de Coutinho e outro de Pepe. Os portugueses ainda fizeram dois gols, mas o placar final de 5 a 2 mostrava aos europeus quem era o melhor time do planeta.

O bicampeonato mundial, no ano seguinte, veio após uma disputa apertada contra o Milan, da Itália. No primeiro jogo, em Milão, vitória tranquila dos italianos por 4 a 2 (Pelé marcou os dois do Santos). Na segunda partida, no Maracanã, vitória do Peixe por 4 a 2, dois gols de Pepe, um de Almir e outro de Lima. No terceiro jogo, novamente no Maracanã, nova vitória santista: 1 a 0, gol de pênalti de Dalmo.


Sem precedentes

O Santos só não ganhou todos os Campeonatos Paulistas de 1958 até 1969, pois o Palmeiras conseguiu interromper a sequência em 59, 63 e 66. Em 1967, o Santos ganharia novamente o Campeonato Paulista e daria início ao seu segundo tri da competição.

No ano seguinte, o time imprimiu uma renovação, com grandes revelações como Clodoaldo, Edu, Abel e Toninho Guerreiro. Ainda comandado por Pelé, o clube voltaria a conquistar outra série de títulos nacionais e internacionais, como a Recopa Mundial e a Supercopa Sul-Americana.


Como parar uma guerra

Em 1969, as conquistas e a fama do Santos eram tão grandes que, em uma excursão pela África, a guerra no Congo Belga, atual República Democrática do Congo, entre forças de Kinshasa e de Brazzaville, foram suspensas para que as cidades pudessem assistir aos jogos do time.

Logo após as partidas e as homenagens, o conflito recomeçou. Este evento serviu claramente de inspiração para o "Amistoso da Paz", realizado entre as seleções de Brasil e Haiti, em 18 de agosto de 2004.



Haroldo, Pelé e Lima, na década de 60

Entre 1960 e 1969, o Santos levantou 23 títulos de torneios oficiais – feito jamais repetido por um clube. Conquistou: Mundial Interclubes (1962 e 1963), Libertadores (1962 e 1963), Recopa Sul-Americana (1968), Recopa Mundial (1968), Taça Brasil (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965), Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1968), Torneio Rio-São Paulo (1963, 1964 e 1966), Paulista (1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969).

A história do futebol viu grandes equipes jogando, conquistando títulos e obtendo feitos excepcionais. Algumas delas marcaram épocas. O Real Madrid de Di Stefano, a Inter de Milão do Mago Helenio Herrera, o Ajax de Cruyff e o Bayern de Munique de Beckenbauer estão entre os grandes esquadrões de todos os tempos.

Atualmente, o Barcelona de Guardiola e Messi encanta e merece fazer parte deste seleto grupo. No entanto, nenhum destes clubes conseguiu repetir a magia que o Santos de Pelé espalhou na década de 60, tornando-o único e incomparável neste esporte.
(Fonte: Jornal A Tribuna - Santos)

Nenhum comentário: