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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Dez Anos das Pedaladas: Faixas viradas e comemoração antes da hora







Por volta dos 25 minutos do segundo tempo da finalíssima do Brasileirão de 2002, parte da torcida do Santos que estava no Morumbi tomou uma decisão que poderia mudar a história do clube. Pelo menos para os supersticiosos.

Depois de mais de um ano com as faixas de cabeça para baixo em protesto ao jejum de 18 anos, a Torcida Jovem, maior organizada do Peixe, começou a virar as bandeiras. O placar estava 1 a 0 (3 a 0 no agregado) e o título parecia próximo.

– Quando pôs a mão na faixa, os caras (Corinthians) fizeram dois gols – conta Marcos Santos, o Gordinho, atual presidente da torcida.

A manifestação perdurava desde a goleada de 5 a 0 sofrida para o mesmo rival no Paulistão de 2001, no Pacaembu. A Sangue Jovem, outra organizada santista, também virou as faixas, mas, com a boa campanha do time de Diego e Robinho, cessou os protestos durante o Brasileirão.

A nova geração de Meninos da Vila, no entanto, não convenceu a Torcida Jovem a mudar de ideia.

– Quando vencemos o Corinthians por 4 a 2, com o gol de bicicleta do Alberto, muitos pensaram em virar as faixas. Depois, entendemos que não era a hora. O dia ia chegar – lembra o torcedor Paulo Roberto.

A pressão para que o protesto fosse encerrado era grande. Mais do que o técnico Emerson Leão e o grupo de jogadores, os objetos de cabeça para baixo incomodavam ao presidente Marcelo Teixeira e a seus assessores, que pediam com frequência o fim das manifestações. Com a classificação à final, as cobranças se intensificaram, mas os diretores da Torcida Jovem seguiram relutantes.

A história tem uma versão controversa. Marcelo Teixeira conta um episódio negado pela organizada:

– Após a goleada de 4 a 2 sobre o Corinthians, o pessoal da torcida pediu uma reunião comigo, queriam negociar a volta das faixas ao normal. Aí eu não quis, entrou a superstição. Ficou virada até ali, agora ia esperar até o fim – diz o mandatário.

Outra controvérsia é sobre a reação após o segundo gol corintiano na final. Há quem diga que as bandeiras voltaram para o lugar de cabeça para baixo. Os torcedores negam e dizem que só recolocaram as peças após o gol de Elano, aos 43. O que não se discute é que nem a superstição foi capaz de tirar o título santista. O Peixe voltava a ter faixas de campeão.

A palavra de quem fez história:
"Atrapalhava em tudo, pressionava jogador, prejudicava a imagem do clube. Era um protesto normal, mas incomodava. Mas e eu? Não tinha culpa pelos 18 anos. Faça isso com o próximo! Se eu fosse omisso até vai, mas estava tentando" - Marcelo Teixeira, presidente do Santos na época.

“Era muita pressão, mas eu não sentia. Só de subir jovem para o profissional já era uma vitória. Apesar de sermos jovens, sempre tivemos muita personalidade” - Robinho, camisa 7 do Santos no título

“Tudo isso fazia parte do motivacional nosso. Faixa virada, torcida e Leão pedindo contratações e o clube não contratava ninguém... Tudo isso foi dando confiança para nós” - Alberto, atacante do Peixe em 2002

“Naquela época ninguém queria jogar pelo Santos. Era faixa virada, pressão até em treino, salário atrasado... Hoje chove jogadores esperando proposta ou se oferecendo ao Santos” - Léo, lateral santista no fim do tabu

(Fonte: Lancenet.com.br)


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