Histórias e estórias (32): Chulapa brigão

Serginho e o desentendimento com o 

goleiro Leão na final do brasileiro de 1981. 

Caros amigos, todos os torcedores, ou pelo menos os mais antigos, conhecem a fama de briguento do ex atacante do São Paulo e posteriormente do Santos FC, nosso simpático Serginho Chulapa. A mais famosa encrenca em que se meteu o artilheiro, custou-lhe muito caro.

Corria o ano de 1977, quando ainda jogava pelo São Paulo FC, numa partida contra o Botafogo em Ribeirão Preto, ficou irritado por causa de um gol anulado e partiu para cima do bandeirinha Vandevaldo Rangel, dando-lhe vários empurrões. Em seguida, desferiu-lhe um pontapé na canela, provocando um ferimento de 10 cm, com abundante sangramento.

A cena foi fotografada, filmada e acabou na súmula do juiz Oscar Scolfaro e posteriormente enviada à CBD. Serginho pegou 14 meses de suspensão e ficou impedido de participar da Copa da Argentina em 1978, abrindo assim, a vaga para Roberto Dinamite, o predileto do vascaíno presidente da CBD de então, o almirante Heleno Nunes.

"A minha Copa era a de 1978. Eu estava tinindo. Aquela sim, era a Copa para eu arrebentar. Era a Copa do choque, de muitos contatos com os zagueiros, muita pancada", lamentou Serginho em sua biografia.
Depois do Mundial, sua pena caiu para oito meses, porém, era tarde. Teve que esperar mais quatro anos para se tornar titular da Seleção, na Copa da Espanha em 1982.

No vídeo abaixo, em 1986, com a gloriosa camisa 9 do Santos FC, Serginho é expulso após acertar um chute na barriga de Jairo, do Juventus. Descontrolado, parte para a briga com Juninho, que foge correndo. A partida termina 3 a 1 para o Moleque Travesso.

Este era o perfil deste centroavante, que deu tantas alegrias para nós, santistas, bem como, para os são-paulinos. Quanto mais irrequieto ele estava em campo, mais gols marcava... Outra marca registrada do Serginho, carinhosamente apelidado por Osmar Santos de "Tamanduá Bandeira", era quando ele estava com a bola, marcado e de costas para o gol. Se conseguisse fazer o giro em cima do zagueiro, era caçapa com certeza...

(Esta postagem é dedicada ao meu amigo Oswaldoir Capeloto, são-paulino, residente em Campo Mourão - Pr)