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domingo, 10 de março de 2013

Histórias e estórias (36): Santos massacra em Maringá Pr



Caros amigos, a primeira passagem de Pelé por Maringá foi um dos momentos de maior euforia da história da cidade. Um mês antes, só se falava da vinda do Rei. As emissoras de rádio faziam enquetes sobre resultados e ingressos eram vendidos em todos os municípios da região.

A equipe do Santos desceu de um avião de quatro motores no Aeroporto Gastão Vidigal no final da tarde do sábado, dia 15 de maio de 1965, e seguiu para o Maringá Bandeirantes Hotel, na época conhecido apenas como Grande Hotel, que reinava absoluto na paisagem do centro, pois a catedral ainda era uma igrejinha de madeira, a prefeitura não passava de uma casinha de três cômodos e a cidade ainda não tinha prédios.

O jornalista Manoel Messias Mendes ainda era menino quando foi testemunha ocular do massacre do Willie Davids, mas além do jogo, um fato que o marcou foi a visão de uma multidão em torno do Bandeirantes Hotel para ver Pelé. “Era tarde de sábado, as pessoas já tinham saído do trabalho, pegavam suas bicicletas e ficavam em torno do hotel”, lembra.

Os jogadores levantaram tarde no domingo, alguns deles foram conhecer o gramado do estádio e o almoço foi no próprio hotel. Novo tumulto aconteceu na hora do time embarcar para o jogo. Muitas pessoas tentaram pegar na mão de Pelé (só dele), mas foi montado uma segurança de pop star que impediu a aproximação do público.

O Willie Davids era cercado de tábuas pintadas com óleo queimado e a grande quantidade de jipes, fuscas e outros carros da época envolveu o estádio em uma nuvem de poeira, já que não havia asfalto naquela região da cidade. A multidão se juntou no único portão, que na época fazia frente para uma ruazinha de terra onde hoje fica a Avenida Lauro Werneck, por onde entrariam os torcedores e os dois times. O ônibus do Santos foi cercado, parado, chacoalhado, aplaudido e vaiado, mas ninguém viu Pelé. Ele só foi visto em campo para conduzir a maior goleada sofrida pelo então bicampeão paranaense

11 gols por conta de uma vaia

O tempo que derrotou o futebolista não derrotou o ídolo, que aos 72 anos continua sendo a pessoa mais conhecida do Mundo e o desportista que sem qualquer atividade esportiva consegue ser mais popular do que a maioria dos jogadores em atividade. Maringá guarda um pouco da história dessa lenda chamada Pelé, principalmente por ter sido massacrada por ele e o esquadrão fantástico que foi o Santos Futebol Clube de sua época: 11 a 1 no bicampeão estadual Grêmio Esportivo Maringá, com oito gols marcados em menos de 20 minutos.

Conta o empresário Mauro Veronezzi, um desportista fanático desde a infância, amigo de grandes personagens do futebol brasileiro e que assistiu Grêmio e Santos dentro do gramado, fazendo as vezes de gandula, que havia o compromisso entre os dois clubes de fazer um amistoso verdadeiramente amistoso, mais para desfilar as grandes estrelas do clube bicampeão mundial, arrecadar dinheiro e comemorar o 18º aniversário da cidade. Esse acordo foi confirmado nesta semana por jogadores que participaram do confronto pelo Grêmio.

Como o Santos era a base da Seleção que ia para a Copa, ficou acordado que os jogadores do Grêmio não chegariam com dureza, não dariam carrinho e nem forçariam para vencer. Mas, como Pelé “foi anulado” durante o primeiro tempo, a torcida começou a vaiá-lo e, para complicar ainda mais, o centroavante maringaense Edgar, que tinha a vocação de artilheiro, “esqueceu” o trato e abriu a contagem para o Grêmio. A torcida veio abaixo e as vaias ao Rei viraram um coro. Também aconteceram algumas faltas.

Trato descumprido e Rei irritado, deu no que deu. Pelé marcou dois gols e saiu de campo. Vários titulares foram substituídos e os reservas enfiaram 11 gols, oito deles em apenas 20 minutos.

(Pesquisado no blog: http://blogs.odiario.com/luizdecarvalho)

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