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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A História do Rei Pelé


Em Bauru (interior de São Paulo) o pequeno Edson Arantes do Nascimento, chamado de "Dico" pelos pais, então com seis anos de idade, começa a despertar a atenção de quem o via brincando de bola na rua. Desde o quintal de sua casa, em que colhia da laranjeira a bola para treinar suas embaixadas, e desfilava habilidosos dribles em adversários imaginários; onde estivesse ocorrendo uma pelada certamente se encontraria o filho de seu Dondinho sendo disputado na escalação dos times.

Depois de ter sido ídolo do "7 de setembro", levando já uma considerável torcida aos campos de terra, Pelé vestiu sua primeira camisa de time, quando passou a jogar pelo Ameriquinha, aos 12 anos de idade. Chegou a atuar ainda em outras equipes como Canto do Rio, São Paulinho de Curuçá, Radium e Baquinho.

As peladas de Bauru passaram a ser disputadas com uma preocupação a mais, marcar Pelé. A maestria de seus dribles e a sua já espantosa visão de jogo levavam os adversários ao desespero e os torcedores ao delírio.

Mas foi no Bauru Atlético Clube, o Baquinho, que Pelé teve seu talento levado a sério. Com o projeto de formar uma equipe infanto-juvenil para revelar novos talentos, o clube trouxe o ex-craque da Seleção Brasileira (1934), Waldemar de Brito. No último jogo de Pelé no Baquinho, seu time aplicaria uma histórica goleada de 12 x 1 no Flamenguinho. Neste jogo, que foi preliminar da final do Campeonato (2º Divisão) em 1954, o pequeno gênio faria 7 gols e acabaria nos noticiários de São Paulo, já como promessa de craque.

Foi o suficiente para que o experiente Waldemar de Brito perceber o nascimento de um fenômeno do futebol. O clube recebia uma proposta do Noroeste, também de Bauru, mas Waldemar sabia que a luz do futuro Rei do Futebol deveria brilhar em uma equipe de maior expressão nacional e possibilidade de mostrar ao resto do mundo a rara habilidade. Mesmo com os protestos de Dona Celeste, o ex-treinador do já extinto Baquinho embarca em um trem direto para o litoral do Estado.


No dia 8 de agosto de 1956 foi apresentado ao glorioso Santos Futebol Clube aquele que viria a ser o maior craque de sua história e o maior jogador de futebol que o mundo já viu. Edson Arantes do Nascimento, Pelé, assinou o contrato com a equipe enquanto Waldemar de Brito declarou ao então presidente do clube, Athiê Couri, que "este é o garoto que vai ser o maior jogador do mundo". E foi!

Em sua carreira brilhante, Pelé conseguiu bater todos os recordes. Confira alguns números da carreira do Rei do Futebol:

- 60 títulos.- 1.279 gols, 1091 pelo Santos.
- 11 vezes artilheiro do Campeonato Paulista.
- Por 3 vezes rompeu a barreira dos 100 gols em três temporadas.
- Melhor média de gols por partida: Em 1961 foram 111 gols em 75 jogos (1,48gols/jogo)



Pelé se despediu da seleção brasileira três anos antes de abandonar a equipe que defendeu por mais de 18 anos, o Santos Futebol Clube. O Rei do Futebol terminou sua carreira na seleção no histórico amistoso contra a Iugoslávia, em 18 de julho de 1971, em meio a histeria coletiva de uma nação que não saberia viver sem seu maior ídolo esportivo. Aos gritos de "Fica! Fica!", Pelé percorreria o Maracanã pela última vez com a camisa da seleção, balançando-a no ar encharcada de suor e lágrimas, num gesto de adeus.


Entretanto, apenas em 1974, na noite de 2 de outubro, o atleta do século deixaria a equipe da Vila Belmiro. A partida contra a Ponte Preta terminou com a vitória do Santos por 2 a 0, com gols de Cláudio Adão e Brecha. Mas a página da história seria escrita aos 21 minutos de jogo, quando Pelé se ajoelhou, inesperadamente, no centro do campo, abrindo os braços num gesto completo de quem reverenciava todos os torcedores do mundo.


O homem, que tornou o futebol uma arte, soluçava entre palavras de agradecimento. Os pedidos de perdão que escaparam de seus lábios transpareciam o sentimento de unidade que havia entre o esportista e o clube de seu coração. Pelé não apenas se despedia do Santos, desligava-se de uma extensão de sua alma. Só os corações dos torcedores santistas podiam compreender a amplitude dos gestos emocionados do Rei.


As palavras que o próprio Pelé escreveu para a apaixonada torcida santista transcrevem a sua grandeza interior:

"Minha Gente, Eu gostaria de agradecer, pessoalmente, a cada um de vocês, tudo o que me foi dado de carinho e incentivo durante os meus 18 anos de futebol.Tudo que procurei fazer foi dar o melhor de mim, para lhes proporcionar prazer e alegria. Se alguma vez lhes decepcionei perdoem-me. Eu também sou gente".


Pelé tinha, em acerto prévio com os dirigentes do clube, fechado contrato com o Cosmos, dos Estados Unidos, onde pretendia iniciar um trabalho pioneiro de divulgação do esporte naquele país. A transferência custou ao clube americano a inédita quantia de U$ 6 milhões, tendo sido a maior transação comercial no meio esportivo até então. Abandonaria definitivamente o futebol no primeiro dia de outubro de 1977.

Edson Arantes do Nascimento deixa para a eternidade o Mito Pelé, a história de um ser que provavelmente determinou os limites máximos que um atleta de futebol pode chegar, deixando no imaginário do mundo, do povo brasileiro e, especialmente, da torcida santista as imagens de um verdadeiro gênio.

No dia 23/10/1940 surgiu o maior ídolo do futebol, talvez do esporte em geral, de todos os tempos, na mineira Três Corações, filho de Dondinho como era mais conhecido que também foi jogador de futebol e Maria Celeste acompanhou o nascimento de seu filho pródigo, do qual seria o primeiro treinador, motivado pelo amor ao esporte.