Djalma Santos: mito da lateral-direita. |
No dia 13 de novembro de 1955, dois meses e dois dias antes de conquistar o Paulistão daquele ano, já no segundo turno, o Santos formado por jogadores como Ramiro, Formiga, Zito, Del Vecchio, Vasconcelos e Pepe, que se tornariam bicampeões paulistas (1955-1956) e dariam base para o início da era Pelé, foi atropelado no Pacaembu pelos oito gols da Portuguesa de Djalma Santos, Brandãozinho e Ipojucan, então campeã do Rio-São Paulo.
A humilhação foi descrita na época com palavras que caberiam perfeitamente no relato da goleada sofrida este ano frente ao Barcelona. A crônica do jornal “Folha da Noite”, por exemplo, foi construída com expressões como “o Santos deu pena”, “o 4 a 0 do primeiro tempo já era gritante e absurdo”, “foi doloroso ver o Santos apanhar daquele jeito”.
Os santistas protagonistas daquela história vêem algumas semelhanças entre as duas goleadas.
– No intervalo, o Lula disse para irmos para cima e ganhar. Mas continuou tudo igual. Eles jogavam e a gente só apreciava – lembra o ex-zagueiro santista Ramiro Valente.
Importante para superar os 8 a 0 e a zombaria decorrente do resultado foi o jogo seguinte, disputado uma semana depois na Vila, é o que dizem tanto Pepe quanto Ramiro.
– Depois vencemos o Guarani por 5 a 0, o que nos deu força para superarmos aquela goleada e ganharmos o título de 1955 – diz Pepe.