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sexta-feira, 13 de abril de 2012

FALTA 1 DIA PARA O CENTENÁRIO SANTÁSTICO









Pagão 


Com tantos craques em 100 anos, o Santos também tem seus heróis esquecidos


Pelé, Pepe, Zito, Lima, Neymar, Robinho, Ganso. Campeões do Mundo, da Taça Libertadores, de campeonatos brasileiros. A lista de ídolos que marcaram a história centenária do Santos é extensa. E com tantos jogadores em destaque, alguns craques importantes ficaram esquecidos no meio do caminho. Um por perder espaço para o melhor ataque de todos os tempos e mais vitorioso do futebol, outro por estar no lugar certo na hora errada e alguns mais que simplesmente caíram no esquecimento.

Pagão é um deles. Centroavante goleador, ele perde espaço na memória de muitos torcedores alvinegros por ter sido reserva do ataque formado por nada menos do que Pelé, Coutinho, Dorval, Pepe, Zito e Mengalvio. Pagão atuou pelo Santos entre os anos de 1955 e 1963, época em que o memorável grupo ofensivo se formou. Era brilhante, disputou 345 partidas, com 159 gols. Mas seu físico sucumbiu. Ele sofria com lesões que o afastavam dos gramados com frequência, justamente em uma época em que outro lendário atacante estava surgindo: Coutinho, que acabou assumindo o posto de parceiro de Pelé.

- O Pagão foi um jogador sensacional. Coutinho fala que o Pagão é o melhor centroavante que ele já viu jogar. O problema é que ele se contundia muito e perdeu algumas oportunidades. Então, o Coutinho ganhou a sua vaga - relembra Pepe, o Canhão da Vila, que teve o privilégio de jogar com os dois.

Antoninho Fernandes, grande
jogador e ótimo técnico

Antoninho Fernandes, outro "esquecido", antes de se tornar o treinador do Peixe entre os anos de 1967 e 1971, foi o dono do meio de campo da Vila por um bom tempo. De 1941 a 1954, o “Arquiteto da Bola”, como era chamado, foi o grande destaque do Santos.

Seu azar, porém, foi estar no lugar certo, mas na hora errada. Por mais que fosse um jogador de muito destaque, o elenco a seu lado não o ajudava. Antoninho era um jogador de rara habilidade e de grande visão de jogo. Alto e esguio, era um excelente cabeceador. Foi vice-campeão paulista em 1948 e 1950, mas, mesmo assim, não conseguiu levar o Santos ao mesmo patamar de outras épocas. Por isso, ele sequer é lembrado por alguns torcedores.

- Sem dúvida Antoninho não tem o reconhecimento por conta da falta de títulos. Era fora de série. Se houver uma seleção do Santos de todos os tempos, certamente ele tem de estar - ressalta Pepe.

Autor de 145 gols em 400 jogos, o armador chegou à Seleção Paulista. Seu filho, José Roberto Fernandes, santista de carteirinha e que reside logo em frente à Vila Belmiro, acredita que seu falecido pai sofre com um problema recorrente: a memoria curta dos brasileiros.

- Ele doou a vida para o Santos. Mas ninguém lembra de nada. Pode pegar os cantores de dez anos atrás. Ninguém sabem quem são. Acontece a mesma coisa com o meu pai. Ele foi um dos melhores jogadores do Santos, mas pouca gente conhece. Pergunta por aí que vai ter gente achando que é brincadeira - afirma José Roberto, que guarda na memória e em fotos as maiores lembranças do craque.

Feitiço

Se a memoria do torcedor é falha com jogadores mais recentes, a coisa fica ainda mais complicada quando se fala dos anos 20 e 30. Por mais que tenha feito parte do famoso “ataque dos 100 gols”, pouca gente se recorda de mais um injustiçados pela falta de memória: Feitiço. O ex-atacante é o dono de uma marca muito difícil de ser batida. Feitiço defendeu o Peixe entre 1927 e 1932. Depois voltou em 1936. Foram 216 gols e 151 partidas e a impressionante média de 1,43 gol por jogo.

Ele liderava uma ataque poderoso, que em 1927 marcou 100 gols. Não, não foi durante o ano todo. A marca foi conquistada apenas no Campeonato Paulista, em 16 partidas disputadas. A média foi de 6,25. Mesmo assim, Feitiço não é um jogador que a nação santista tem na mente.


As coisas não são diferentes com mais dois craques: Odair Titica e Arnaldo Silveira. O primeiro jogou no Santos pouco antes de começar a fase mais gloriosa do clube: entre 1943 e 52, tendo disputado 223 jogos e marcado 134 gols. Na época, ele foi considerado o maior jogador do time. Era o vice-artilheiro do período, atrás apenas de Antoninho Fernandes.




Historiadores e ex-jogadores concordam que Odair seja um dos mais injustiçados da história alvinegra. Após pendurar as chuteiras, ele passou a trabalhar como estivador no porto de Santos. Algum tempo depois, foi ser atendente em uma loja de artigos esportivos na Baixada Santista. Odair tem passagens marcantes com a camisa do Peixe. Jogos em que marcou cinco, seis gols. No entanto, é um desconhecido.

Há alguns dias, postamos neste blog,
uma matéria especial com Odair Titica, na série: Ídolos do Santos FC (09). Para facilitar a localização da matéria, basta digitar "Odair Titica", no lado direito da tela onde diz "Pesquisar este blog".




Outro que praticamente não é lembrado: Arnaldo Silveira, o primeiro santista a ser chamado para a Seleção Brasileira. Ele marcou o primeiro gol do Santos em uma partida oficial. Entre os anos de 1912 e 1921, atuou em 122 jogos e fez 64 gols. Apesar de sua importância, está no limbo da história, lembrado apenas por alvinegros mais fanáticos ou por pesquisadores.

De qualquer forma, todos os cinco tiveram seus momentos marcantes, contribuíram para o engrandecimento do clube e merecem ser lembrados.

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